"​Trago no olhar visões extraordinárias, de coisas que abracei de olhos fechados."
- Florbela Espanca

Acho que de alguma forma forma te deixa feliz saberes que eu parei, sentei-me,  liguei a música, lembrei-me de ti e comecei a fazer o que mais gosto de fazer... escrever!

 

Posso não ser perfeita nas palavras mas, cada uma delas sai do mais profundo de mim e no silêncio de cada uma, um grito nostálgico de saudade...

 

Deus! se eu conseguisse traduzir para um papel a perfeição do teu sorriso, seria então seria capaz de desenhar cada uma das lágrimas que já deixei cair pela tua ausência...

 

E queria que a música que oiço te chegasse à alma, com a mesma força com que me apetece abraçar-te, dizer-te quantas vezes me lembro de ti, quantos segundos eu paro e fecho os olhos só para não te ver!

 

Insensata nostalgia que me condena...

Insensato coração que não me deixa ser fiel à vida!

 

E eu largava os condicionalismos, as opções tomadas em consciência, pegava no carro, sem destino, sem morada certa ou caminho escolhido só para fugir deste estúpido e irracional sentimento que me corre no corpo por ti!

 

Desistia de luxos e caros caprichos por um segundo de verdade se é que ela existe para além destas palavras...

 

E escondo-me por trás desta máscara que sou eu, tão coerente e pacífica, tão organizada quanto eficiente para que ninguém desconfie o que sinto por ti! 

 

um anjo