No momento somos aves
nascidos pra alçar o infinito.
Dai a instantes não se sabe,
podemos ser silêncio e grito.
Somos tantos, somos fera,
somos a imensidão do mar,
brincamos de ser primavera,
o sono da canção de ninar.
Depois de repente somos o riso,
estampados nas faces de estrelas,
somos da serpente o rastro.
Talvez sejamos a serpente inteira.
De gelo nós somos feitos,
somos de fogo ao tocar,
somos de tantos jeitos,
impossível é decifrar.
Somos de carne e de alma
e somos o impossível de imaginar,
somos o coração da terra e os grãos de areia do mar.
Somos os filhos do Homem
e Ele veio nos salvar.
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